domingo, 14 de setembro de 2008

Segundo dia do Jambolada.














Por Marthayza

O segundo dia do Festival Jambolada, dia das atrações mais esperadas, começou com o ótimo show do Transmissor. A banda tem em sua formação integrantes do Udora, Diesel e Cinza, bandas que já tinham uma certa repercursão na cena indie mineira. Nos melhores momentos a banda soa quase power pop, lembrando The Wannadies (aquela da música fofa do filme Romeu e Julieta). A voz de Jennifer de Souza é belíssima e a mistura de bossa nova com rock resulta em canções que dá vontade de cantar junto o tempo todo.
Mal acabou o momento doçura e o Galinha Preta, de Brasília, começa a seção do descarrego no segundo palco. Pela primeira vez tocando em Uberlândia. Em breve conversa om o baterista Guilherme, ele diz que o som da banda, grindcore tosco, acaba chamando a atenção do público pelas letras irônicas sobre o cotidiano do brasileiro. Temas tão diversos quanto desemprego, religião e roubo de orgãos.
Logo após foi a vez da banda local Krow, muito querida entre os fãs de heavy metal na cidade. Em show breve tocaram até um cover do Slayer, além de suas próprias composições, e foram muito aplaudidos.
As bandas seguintes, Juanna Barbera e Dissidente (que foi selecionada nas prévias), não empolgaram e dispersaram grande parte do público. O Enne até chamou alguma atenção dos presentes, mas o rock meloso parecia mais Fresno ou qualquer coisas do tipo.
Eis que o show de Mallu Magalhães começa, a maior concentração de pessoas em um único show em todo Jambolada. É impressionante o poder do hype, principalmente entre os adolescentes. Como se fosse uma versão indie de Hanna Montana, deixou claro que seus maneirismos vocais são ainda mais chatos ao vivo, principalmente quando destrói o clássico de Johnny Cash "Folsom Prision Blues". Atrás dos palcos, seu produtor dava xiliques com qualquer um que não fosse da MTV e que tentasse se aproximar para uma entrevista com a menina. Com tanto excesso de zelo e estrelismo, pode ser que ela cresça e se torne a Britney tupiniquim. Seria mais divertido, pelo menos.
Diego de Moraes e o Sindicato vieram depois. Show incrível, coeso e cheio de personalidade, foi um dos mais comentados do festival. Após o show, perguntei a Diego qual era seu disco preferido do Roberto Carlos. O Inimitável foi a resposta. Grande Garoto!
Porcas Borboletas tem em sua formação alguns organizadores do festival, portanto tocam sempre. Todo mundo já conhece, então não tenho o que falar. Só posso dizer que são mais interessantes do que a imitação de Pitty made in Pará, o Madame Sataan (escreve-se assim mesmo). Em alguns momentos a vocalista lembrava a do Calypso, com aquela mania horrível de pedir pra galera "agitar" e "tirar o pé do chão" sacudindo a cabeleira loira. Coisa do Cão, mesmo. Os verdadeiros fãs de rock pesado já estavam devidamente a postos em frente ao palco principal (inclusive a Pin Up Punk que vos escreve) para o grande show da noite e nem se abalaram com os paraenses.
Mal o Ratos de Porão entrou no palco e o mosh começou. Com repertório de todas as fases da banda, fez a galera cantar junto e criou o momento mais punk da história do Jambolada. Como os seguranças não conseguiam controlar a platéia, que brigava para chegar mais perto do palco, foram convidados a se retirarem pelo próprio João Gordo. Aí, quem penou foram os roadies, que tiveram que controlar os praticantes de "stage diving" enlouquecidos. Eu, Marthayza, achei melhor assistir o show do palco, antes de levar mais um pontapé na cara! Mas realizei um sonho de infância e estou orgulhosa dos meus hematomas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Malu Magalhães como Britney tupiniquim ia ser engraçado. Ela é muito gueek pra isso,hahaha.
Mas sei lá né, se a garota é tratada dessa forma...vai saber.
Tô doida pra saber do show do Ratos de Porão, escrevam logo.
Bjos.