sábado, 13 de setembro de 2008

Jambolada começa!













Por Marthayza

A primeira noite do Festival Jambolada rolou ontem e teve heavy metal, psychobilly e psicodelia. tão diverso quanto o som das bandas era o público que veio de toda a região e de outros estados. A novidade este ano foi o segundo palco, que diminuiu o tempo de espera entre um show e outro, permitindo que as bandas fizessem um set mais longo. Ano passado, por causa do atraso de mais de 2 horas no primeiro dia, a banda Daniel Beleza e os Corações em Fúria tocou apenas 3 músicas já ás 5 da manhã. Felizmente, este ano a organização não deixou ninguém na mão.
A primeira banda a tocar foi a DCV. Apesar do público pequeno (a casa havia acabado de abrir as portas), o punk rock oitentista da banda elevou os ânimos dos felizardos que chegaram cedo. Após o show, nós conversamos com nosso amigo Guilherme, vocalista da banda:

Pin up Punk: Como foi abrir o festival?
Guilerme: Foi uma honra abrir o festival, ainda mais tocando no mesmo palco que Wander Wildner.

PuP: Como surgiu a banda?
G: Já tinha desistido de tocar em bandas, de ter uma banda. Um dia chamei o Zegé (baterista) e resolvemos montar a banda. Como já somos dois caras velhos o nome ficou DCV. Mas aí entrou mais gente na banda, uns mais novos, e a banda virou Dedos Com Verruga.

PuP: Quais as influências pra letras da banda?
G: A maior influência da banda é o Replicantes, a antiga banda de Wander Wilder. Por isso tocar no mesmo dia que ele é demais pra gente! As letras são tipo rock cafajeste. a gente faz punk rock velho. Punk rock novo é muito chato!

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Na sequência dos shows, teve o (ai, credo!) emocore do DYF, banda que já caiu nas graças da moçadinha mais nova da cidade, mas que não chamou muita a atenção dos mais velhos. Logo após, o Linha Dura trouxe o Hip Hop/Rap made in Cuiabá e teve a colaboração dos músicos do Macaco Bong, reforçando a pegada black do som do rapper. Logo após o som contagiante de Linha Dura, a vez foi do metal uberlandense. U-Ganga, banda com mais de dez anos de carreira e fãs fiéis, não desapontou. Com longa experiência de palco, não tiveram dificuldades em fazer um bom show. O Metal Carnage, escolhida nas prévias do Jambolada, fez até cover de Motorbreath do Metallica, mas conseguiu dispersar o público mais alternativo. Carolina Diz acalmou os ânimos com seu rock que remete aos Smiths. O público pareceu meio blasé em relação à banda. Ou talvez estivessem guardando as forças para o show do Vandaluz. A banda abriu com A valsa de Amèlie, música tema do filme "O Fabuloso Destino de Amèlie Poulin". Um tanto bicho-grilo, a banda já faz sucesso entre os uberlandenses a algum tempo e conseguiu reunir bastante gente em seu show, que misturava psicodelia e guitarras pesadas.
A banda que deve ter chamado mais atenção na noite de ontem foi o Sick Sick Sinners. Eles são a próxima aposta da cena independente e tocam um rockabilly nervoso, rápido e enlouquecedor. Com CD lançado apenas na Europa por enquanto, já fizeram turnês nos Estados Unidos, Uruguai e Argentina e estão se preparando pra embarcar para a Europa em breve. Foi a primeira banda do festival que conseguiu resposta imediata do público, ou seja, a primeira a fazer a galera dançar até o final.
Wander Wildner começou seu primeiro show em Uberlândia com uma recepção calorosa dos fãs e fez muita gente cantar junto "Bebendo Vinho" e "Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo". Mesmo gripado e com febre, fez um show poderoso e conseguiu atrair a atenção de muita gente que nunca havia ouvido falar dele antes. O Pin up Punk tentou falar com o cantor após o show, mas devido ao seu estado de saúde, ele não atendeu ninguém da imprensa que estava presente.
A banda seguinte, Macaco Bong, tocou pelo terceiro ano seguido no festival. E já havia tocado no dia anterior no Goma. E já havia tocado outras vezes este ano em Uberlândia. Ou seja, nada de novo. Apenas um bom show.
Encerrando a noite, Cordel do Fogo Encantado fez a alegria da galera bicho grilo com o misto de teatro de rua, música nordestina e uma pitada de rock. Eles levaram cinco anos pra voltar em Uberlândia e não mudaram nada nesse tempo todo, apenas de endereço. Se ficarem mais cinco anos sem aparecer não vão fazer falta.

5 comentários:

Anônimo disse...

Legal vcs escreverem sobre o Jambolada. Como eu não estou por aí, pelo menos eu leio o que vcs postam por aqui.
Beijos meninas,
E curte por mim Martha =)

Anônimo disse...

"teve o (ai, credo!)"
hahahahahhahaahha a frase ganha um voto :D

pistoleira de quinta disse...

hey, vim aqui ver o resultado da correria dessas garotas. deu ate vontade de escrever mais. beijo e sorte com as credenciais que vêm por ai.

(os textos sem assinatura são de martha?)

Nós disse...

Blog bacana pra caramba. Mais lamento pela ausencia de comentarios do show q teve melhor receptividade na sexta feirra de festival: Cordel do fogo encantado.
Para os fãs, foi mais q perfeito. Foi o alconcour da alegria. Para os menos adeptos ao movimento, os caras mostraram a força da poesia de cordel misturada com maracatu e uma percussão pesada, bem ao estilo "sou-do-norte".
No mais, todos os presentes ( fãs ou não de Lira Paes e sua trupe) curtiram momentos de extase, e ate os mais odiosos em relação a banda sairam de lá dizendo: foi mt bom!

Até e parabens pelo blog!

Anônimo disse...

uma honra tocar no jambolada
outra é tocar no mesmo palco do Wander
e a maior é ser entrevistado pelo PinUpPunk heheheh
valeu
e qqr dia apareçam em Uberaba
bjo