terça-feira, 21 de outubro de 2008

Giro na festa Manga Rosa...

Por Mariana

Com um clima ameno e nublado, e o atraso para iniciar a festa, não interrompeu o público que chegava aos poucos. Com uma decoração psicodélica e um clima eletrônico, diferente da irreverente banda a se apresentar Ultraje a Rigor.
Antes que se apresentassem pude conversar com a banda, confiram alguns trechos das entrevistas(com o Roger nos camarins, e Bacalhau e Mingau no backstage):

Pin up Punk- Há algum tempo vocês não lançam, mas no site há a informação de que existem dois contratos com a gravadora Deckdisc, como será o desenvolvimento destes projetos?

Roger- Na verdade o contrato acabou, nós temos o contato, a possibilidade, mas estamos preferindo a linha independente total. E o compromisso com a gravadora já está deixando a gente de saco cheio. Talvez seria melhor lançar músicas na internet, e de graça, sem vínculo, e nínguem pra atrapalhar, mas se alguém tiver afim de ajudar será bem vindo.


Pup- Você tem um projeto paralelo que é a "Fabulosa Orquestra de Rock'Roll", que traz músicas dos anos 50 e 60, e ainda está na ativa?

Roger- É muito díficil cair na estrada com doze músicos, então a fabulosa, propriamente dita, não existe mais; mas tocamos algumas músicas nos shows do Ultraje.


Pup- As influências poderiam ser um problema para bandas que estão iniciando ou na estrada como vocês?

Bacalhau- Influência não é um problema, é saudável, porque é inspirador, a gente se influencia nas continuidades, o problema é não ter personalidade, e seguir uma cartilha e copiar, como está acontecendo com muitas bandas.


Pup- A banda tem um caráter debochado e intencional com suas músicas. Isso seria uma controvérsia em relação a influência de vocês, dos anos 50 e 60?

Bacalhau- Ah eu não sei, porque o letrista é o Roger, e segundo ele, está compondo algumas músicas. Então vamos aguardar.


Logo inicia o show, com um público mais aconchegante, e que souberam cantar não só as músicas mais conhecidas. A guitarra ficou por conta do Marquinhos, substituindo Sérgio Serra, que não pôde vir por problemas circunstanciais. O show foi bastante enérgico, e com um clima de festa dos anos 80. A banda bastante divertida e preocupada em deixar o público bem a vontade, tanto que ninguém percebeu a deixa do Roger para o saxofonista Manico, que esqueceu de entrar com o solo de sax. Algumas versões de hinos de clubes de futebol brasileiros, como o hardcore para o São Paulo, marchinha para o Palmeiras e um tango meio xoxo para o queridíssimo segundão Corinthians. E como Roger havia dito músicas da fabulosa fazem parte do show a conhecida dos bailes Great Ball in the Fire, de Jerry Lee Lewis.
O show superou as expectativas, e atendeu aos solicitados bis, e valeu demais.
No decorrer da festa a filha do Rei Raul, diferente de seu pai, trouxe um eletrônico dançante bate-cabeça, para a alegria dos psy. Já a dupla de irmãos, a geniosa Kika e o simpático Igor, com o projeto E-Cox, revelação da música eletrônica, com a bateria periférica e o vocal sem frescuras( e gemuras)de Kika, arrancou atenção.
Para falar a verdade, não gosto de música eletrônica, mas E-Cox, é interessante e quem não gosta pelo ao menos fica para ver se o som surpreende ou não.
Em uma conversa rápida com Kika, fugimos do eletrônico e centralizamos na música em geral:

"Antes de iniciarmos no mercado eletrônico, nós já estávamos inseridos no meio musical, seguidos por uma linhagem de músicos. As pessoas confundem o eletrônico, com o pop que existe por aí, mas não estamos só interessados no bate-estaca, e sim em inovações, e até estas bandas conhecidas mesclam superficialmente o eletrônico em suas músicas" Kika Willcox

Então a festa já se aproximava do fim, seguida pelo clima de preguiça da segunda-feira, talvez não superando a expectativa de público, mas que valeu pelo som que rolou.

Um comentário:

Guilherme Miranda - KROW disse...

ae mariana mto massa a matéria, ficou bem legal mesmo !!!

tipo dps anotae meu email pra vc mandar as fotos q a gente tirou no camarim...

abraçao !